quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Nossas lembranças e tempos que passaram nos olhos antes de morrer...

saindo do corpo
Muitas das pessoas que passam por experiências próximas da morte relatam coisas similares: uma luz branca acolhedora e o “filme” de memórias de coisas que viveu. Mas agora cientistas querem estudar o que realmente acontece ao cérebro e à consciência quando alguém está à beira da morte.
Em um novo estudo chamado AWARE – AWAreness during REsuscitation (Consciência durante a ressuscitação, em tradução livre), médicos irão examinar os pacientes em hospitais na Europa e América do Norte, que chegaram ao estado conhecido como parada cardíaca.
“Ao contrário da percepção popular a morte não é um momento específico”, disse o Dr. Sam Parnia, o coordenador do estudo da Universidade de Southampton, no Reino Unido. “É o processo que começa quando o coração pára de bater, os pulmões param de trabalhar e o cérebro cessa seu funcionamento – uma condição médica chamada parada cardíaca, que do ponto de vista biológico é sinônimo de morte clínica.”
“Durante a parada cardíaca todos os três critérios da morte estão presentes”, disse Sam. “Então segue um período de tempo, que pode durar entre poucos segundos até uma hora ou mais, no qual esforços médicos emergenciais podem ter sucesso em reiniciar o coração e reverter o processo da morte. O que as pessoas experimentam durante este período da parada cardíaca fornece uma janela única para entender o que nós todos tendemos a experimentar durante o processo da morte.”
Estudos anteriores sugerem que 10 a 20% das pessoas que sobrevivem a uma parada cardíaca reportam processos lúcidos, bem estruturados, com presença do raciocínio, memórias e algumas vezes a recordação de eventos durante seu encontro com a morte.
Um estudo descobriu que as pessoas que reportavam sentimentos tranqüilos, luz forte e experiências fora do corpo, durante seu flerte com a morte, têm mais chance de haver mostrado dificuldade para separar o sono com a vigília em seu cotidiano. Tanto antes quanto depois das suas experiências de quase morte estas pessoas freqüentemente têm sintomas de movimentos rápidos dos olhos, REM (um evento que ocorre em todos nós em uma fase do sono), enquanto estão acordadas.
Os pesquisadores do estudo AWARE querem descobrir o que acontece ao cérebro quando o corpo começa a desligar, se é possível para as pessoas verem e ouvirem durante a parada cardíaca e o que ocorre durante as experiências fora do corpo.
Um estudo anterior sobre as pessoas que reportaram assistir suas próprias reanimações no hospital, em um estado de experiência fora do corpo, perguntou para os pacientes se durante a experiência eles conseguiram ver uma placa com números que ficava sobre um armário. Quando perguntado qual número havia escrito nela, ninguém acertou.
O lançamento da pesquisa AWARE foi anunciado no simpósio internacional das Nações Unidas em 11 de setembro. [LiveScienceScienceDaily]
filepicker-e2tX1R9StSbzO4VF4XJY_Flatline
Há apenas um grupo de pessoas que realmente sabe o que acontece quando você morre: os mortos. E uma vez que os mortos não irão revelar os seus segredos tão cedo, cabe aos cientistas tentar explicar o que acontece quando uma pessoa morre.
A morte, como a vida, é um processo, dizem os pesquisadores. A primeira etapa deste processo é conhecida como morte clínica. Ela dura de quatro a seis minutos, começando quando uma pessoa para de respirar e o coração deixa de bombear sangue. Durante esse tempo, pode haver oxigênio suficiente no cérebro para que não ocorra alguma lesão cerebral permanente. Outros órgãos, como os rins e os olhos, também permanecem vivos ao longo da morte clínica.
  • 10 Ocorrências próximas e pós-morte
Na segunda etapa da morte, conhecida como morte biológica, as células do corpo começam a se degenerar e os órgãos do corpo – incluindo o cérebro – se desligam. Os médicos às vezes são capazes de parar a morte biológica através da indução de hipotermia – resfriamento do corpo abaixo de sua temperatura normal. Este método pode parar a degeneração das células e tem sido usado para reanimar pacientes com parada cardiorrespiratória.
Esses estágios da morte são bem compreendidos, porém o que permanece indefinido é o que acontece a uma pessoa uma vez que ele ou ela está clínica e biologicamente morta. Para obter algumas dicas sobre este mistério, os pesquisadores se voltam para o estudo das experiências de quase-morte (EQMs).
  • Memórias das experiências de quase-morte são mais reais que a realidade?
De acordo com o Centro de Pesquisa de Experiências Fora do Corpo, em Los Angeles (EUA), mais de 8 milhões de norte-americanos relataram EQMs, que ocorrem quando uma pessoa está clinicamente morta, perto da morte ou em uma situação onde a morte é provável ou esperada.
Muitas pessoas que tiveram experiências de quase-morte relatam sensações semelhantes: sentir-se como se estivessem flutuando fora do seu corpo, mover-se rapidamente através de um túnel em direção à luz ou ver seus entes queridos falecidos.
  • Experiência de quase-morte: realidade ou alucinação?
Pesquisadores continuamente estudam as EQMs em um esforço para dar sentido aos processos biológicos e neurológicos que podem estar por trás de tais eventos. Alguns estudos afirmam que as EQMs são apenas uma forma de sonho lúcido, enquanto outros vinculam essas experiências à privação de oxigênio no cérebro. [Live Science]
Até hoje ninguém conseguiu provar o que acontece após a morte: existe realmente alguma continuação para a alma ou nossa existência se resume ao planeta Terra? Provavelmente, essa é uma certeza que só teremos depois de morrermos, mas podemos, ao menos, saber o que acontecerá com nossos corpos assim que o coração parar de bater.

Suas células se abrem

O processo de decomposição do corpo começa alguns minutos depois da morte. Quando o coração para, nós experimentamos o algor mortis ou o frio da morte, quando a temperatura do corpo esfria em uma média de 1,5 ºC por hora, até atingir a temperatura ambiente. Quase imediatamente, o sangue se torna mais ácido com o acumulo do dióxido de carbono. Isso é o que faz com que as células comecem a se dividir, esvaziando as enzimas dos tecidos.

Você fica branco – e roxo

A gravidade deixa as primeiras marcas instantes depois da morte. Enquanto o corpo todo fica pálido, células vermelhas do sangue passam para as partes do corpo que estão mais próximas do solo, já que a circulação foi interrompida.
O resultado disso são manchas roxas nas partes mais baixas, algo que é conhecido como livor mortis. Juntamente com a temperatura do corpo, essas marcas ajudam os legistas a identificar o tempo e a posição do corpo no momento da morte.

O cálcio endurece seus músculos

Você já deve ter ouvido falar que um corpo morto se torna duro e difícil de se mover. O nome disso também vem do latim: o rigor mortis aparece cerca de três horas depois da morte, atinge seu pico 12 horas depois e se dissipa depois de 48 horas.
Isso acontece pois existem bombas nas membranas das células musculares que regulam o cálcio no corpo. Quando as bombas param de funcionar, inundações de cálcio fazem com que os músculos se contraiam e endureçam.

Seus órgãos vão se digerir

Depois do rigor mortis, vem a putrefação dos órgãos. Essa fase geralmente é retardada pelo embalsamamento, mas é algo de que não se pode fugir. As enzimas do pâncreas fazem com que o órgão comece a se digerir.
Micróbios vão se juntar a essas enzimas, deixando o corpo todo verde a partir do ventre. Segundo Caroline Williams, da NewScientist, "os principais beneficiários são as 100 trilhões de bactérias que passaram suas vidas vivendo em harmonia conosco em nossas entranhas." Conforme as bactérias vão tomando conta do corpo, ele libera putrescina e cadaverina, que são os compostos responsáveis pelo mau cheiro do corpo humano após a morte.

Você pode ficar coberto de cera

Depois da putrefação, o processo para transformar o corpo em esqueleto é geralmente rápida. No entanto, alguns órgãos tomam um rumo no mínimo interessante. Se o corpo entrar em contato com o solo ou a água fria, ele pode desenvolver adipocera, um material ceroso formado por alterações químicas que ocorrem com a destruição de tecidos pelas bactérias.
A adipocera funciona como um tipo de conservante natural dos órgãos internos. Em alguns casos, isso pode confundir investigadores sobre o tempo de morte real. Em um caso recente, um corpo coberto de adipocera foi encontrado em uma baía na Suíça. O cadáver, com cerca de 300 anos, ainda trazia a substância em volta do tronco.
O certo é que todos morreremos um dia. Se você for cremado, uma parte dessas etapas será perdida, mas o fato é que de alguma forma “terminaremos”, seja como pó, esqueleto ou um esqueleto de cera.


Nenhum comentário :

Postar um comentário